Caminhadas pelo Pinterest # 1

Un petit peu

"- Falhámos a vida, menino !
- Creio que sim... Mas todo o mundo mais ou menos a falha. Isto é, falha-se sempre na realidade aquela vida que se planeou com a imaginação. Diz-se: «vou ser assim, porque a beleza está em ser assim». E nunca se é assim, é-se invariavelmente «assado», como dizia o pobre marquês. Às vezes melhor, mas sempre diferente.
Ega concordou, com um suspiro mudo, começando a calçar as luvas.
(...)
Uma comoção passou-lhe na alma, murmurou, travando do braço do Ega:
-É curioso! Só vivi dois anos nesta casa, e é nela que me parece estar metida a minha vida inteira!
Ega não se admirava. Só ali, no Ramalhete, ele vivera realmente daquilo que dá sabor e relevo à vida - a paixão.
- Muitas outras coisas dão valor à vida... Isso é uma velha ideia de romântico, meu Ega !
- E que somos nós - exclamou Ega. - Que temos nós sido desde o colégio, desde o exame de latim? Românticos: isto é, indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento e não pela razão...
Mas Carlos queria realmente saber se, no fundo, eram mais felizes esses que se dirigiam só pela razão, não se desviando nunca dela, torturando-se para se manter na sua linha inflexível, secos, hirtos, lógicos, sem emoção até ao fim...
- Creio que não - disse o Ega. - Por fora, à vista, são desconsoladores. E por dentro, para eles mesmos, são talvez desconsolados O que prova que neste lindo mundo ou tem de se ser insensato ou sem-sabor...
- Resumo: não vale a pena viver ...
- Depende inteiramente do estômago ! - atalhou Ega.
Riram ambos. Depois Carlos, outra vez sério, deu a sua teoria da vida, a teoria definitiva que ele deduzira da experiência e que agora o governava. Era o fatalismo muçulmano. Nada desejar e nada recear... Não se abandonar a uma esperança - nem a um desapontamento. Tudo aceitar, o que vem e o que foge, com a tranquilidade com que se acolhem as naturais mudanças de dias agrestes e de dias suaves. E, nesta placidez, deixar esse pedaço de matéria organizada que se chama o Eu, ir-se deteriorando e decompondo até reentrar e se perder no infinito Universo... Sobretudo não ter apetites. E, mais que tudo, não ter contrariedades.
Ega, em suma, concordava. Do que ele principalmente se convencera, nesses estreitos anos de vida, era da inutilidade de todo o esforço. Não valia a pena dar um passo para alcançar coisa alguma na Terra - porque tudo se resolve, como já ensinava o sábio do Eclesiastes, em desilusão e poeira.
- Se me dissessem que ali em baixo estava uma fortuna como a dos Rothschilds ou a coroa imperial de Carlos V, à minha espera, para serem minhas se eu para lá corresse, eu não apressava o passo... Não ! Não saía deste passinho lento, prudente, correcto, seguro, que é o único que se deve ter na vida.
- Nem eu! - acudiu Carlos com uma convicção decisiva.
(...)
E agora já era tarde, lembrou Ega.
(...)
- Espera ! - exclamou Ega. - Lá vem um «americano», ainda o apanhamos.
- Ainda o apanhamos !
Os dois amigos lançaram o passo, largamente. E Carlos que arrojara o charuto, ia dizendo na aragem fina e fria que lhes cortava a face:
- Que raiva ter esquecido o paiozinho ! Enfm, acabou-se. Ao menos assentámos a teoria definitiva da existência. Com efeito, não vale a pena fazer um esforço, correr com ânsia para coisa alguma.
Ega, ao lado, ajuntava, ofegante, atirando as penas magras:
- Nem para o amor, nem para a glória, nem para o dinheiro, nem para o poder...
A lanterna vermelha do «americano», ao longe, no escuro, parara.
E foi em Carlos e em João da Ega uma esperança, outro esforço:
- Ainda o apanhamos !
- Ainda o apanhamos !"

Os Maias - Eça de Queirós 

(GENIAL)

Os motoristas da Carris...

... e quem diz Carris, diz Rodoviária e afins.

Hoje, com mais uma greve de Metro, desta vez em modo dia-inteiro-oh-meu-deus-que-panemónio-mais-uma-vez, apercebi-me que os motoristas dos transportes públicos estão na categoria das pessoas mais insensíveis do mundo (ok, não me apercebi disto só mas também hoje). 

Sempre andei de transportes: SEMPRE, a minha mãe ainda conduziu pouco e por isso sempre andámos de transportes quando precisávamos de ir a algum sítio e o meu pai não estava presente ( e aqui incluem-se viagens diárias). E para além de sempre ter andado de transportes, andei de transportes sempre: com chuva ou sol, em dias normais ou de férias (o que tem grande impacto nos horários). Mesmo depois de ter a carta e o meu carro continuo a utilizar o Metro para o emprego.

Por tudo isto estou habituada a ver que os motoristas simplesmente não param os transportes para mais uma duas pessoas entrarem, mesmo que estas venham a correr há 10 km's e que tenham um ar de que vão desfalacer a qualquer momento.

Hoje quando saí de casa e me dirigia à paragem vi ao longe o autocarro parado e desatei numa corrida que me fez ficar orgulhosa pela velocidade que ainda consigo alcançar. Depois de 10 metros parei e simplesmente ri porque percebi que estavam 50 pessoas na fila para entrar no autocarro e mesmo que eu fosse de gatas a arrastar-me ía chegar lá mais que a tempo. Quando finalmente todas as 200 pessoas entraram no autocarro e começámos a andar não cabia lá dentro nem mais uma alface, o que nos fez passar por umas 10 paragens sem pararmos para deixar entrar quem quer que fosse. Ora e é mesmo aqui que tudo pára: a cada pessoa que via nas paragens punha-me a pensar "há quanto tempo estarão aqui estas pessoas?" ou "quantos autocarros é que estas pessoas já viram passar e não puderam entrar?" e após isto olhava para o motorista da Carris que nem pestanejava, nem olhava para elas, simplesmente seguia o seu caminho e eu só pensava "oh vamos parar por favor ! Isto bem arrumadinho cabem aqui mais umas 37 pessoas, na boa !".

A verdade é que não cabiam, mas sei lá é uma coisa daspessoas que não são insesíveis isto de querer sempre aconchegar mais alguém. Arrisco-me a dizer queum dos mandamentos para se ser motorista é "Não terás pena do próximo".

Claro que como os motoristas dos transportes há muito mais profissões que têm lugar a este rótulo, tais como os recepcionistas dos hospitais e as pessoas que trabalham em lojas de cidadão, IMTT's, Segurança Social... E porquê ? Porque conseguem ver uma montanha de gente para ser atendida e continuar a trabalhar com uma lentidão que valha-nos Deus.

Hoje consegui passar uma hora (que por acaso era a minha hora de almoço) no IMTT e ver serem atendidas umas 15 pessoas com senha da mesma categoria da minha (isto num local com 15 postos de atendimento) e como se isto não fosse suficiente ainda consegui ver umas 7 (em 15) secretárias vazias e mais uns 3 funcionários em amena cavaqueira. Também acho bonito. Porque não perdemos a nossa hora de almoço na esperança de sermos atendidos num destes serviços, mesmo com 35 pessoas à nossa frente, quando os funcionários se borrifam para quem espera ? Acho bonito, sim senhor !

O Gatsby, again

Hoje em conversa com um amigo com quem gosto bastante de trocar ideias acerca de cinema dizia-lhe que já tinha visto imensas criticas negativas acerca da Gatsby. A resposta dele foi "Lembra-te que o Argo teve o título de melhor filme do ano". E pronto, com isto me calei e fiquei muito mais aliviada quanto a este tema.

The Great Gatsby

Após semanas de espera no sábado fui ver o filmezorro de que vos falo. Mais uma vez, e tal como aconteceu quando vi o DJANGO, queria ter a oportunidade de o ver novamente pela primeira vez de tão bom que é. 

The Great Gatsby é a cara chapada do seu realizador. Baz Lurhmann está presente em cada respiração daquelas personagens. Rapidamente se conseguem encontrar semelhanças com The Moulin Rouge ou Romeo e Julieta e para os mais desatentos basta ouvirem as bandas sonoras e percebem do que falo. Claro que para pessoas que, tal como eu, já viram estes dois filmes umas 30 vezes o "descubra as diferenças" torna-se mais fácil e até em "pequenos" detalhes como outdoors a coisa se percebe. Isto é mau ? Pois bem que para mim é óptimo, gosto de ver realizadores a seguirem a mesma linha nos seus filmes.

Quanto à história: The Great Gatsby, para quem não sabe ( tal como eu não sabia até há umas semanas atás, admito bastante envergonhada) é uma obra do autor F. Scott Fitzgerald que retrata o sonho americano e que foi pubilicada em 1925. Não consigo dizer se a versão de Baz Lurhmann retrata o livro na perfeição porque ainda não o li (sim, vou lê-lo em breve) mas o filme está realmente muito bom. A história que eu vi no cinema no sábado é de uma genialidade que consegue tocar em todos os pormenores do sonho americano: todos.

A banda sonora dos filmes de Baz Lurhmann nunca desilude e desta vez não há aqui excepção. 

Aconselho vivamente, um filme espectacular e sem duvida um dos filmes da minha vida.

Fica aqui a Lana em grande estilo, como sempre, neste tema tão perfeito e que se encaixa tão bem no grande ecrã.

Os "copos"

Eu não sei se as meninas já ouviram falar de copos mentsruais... Para as que já, sabem ao que me refiro, para as que não, não pensem que vou fazer um post com uma descrição detalhada acerca disto. Simplificadamente os copos mentruais são um substituto dos pensos higiénicos e dos tampões que, tal como o nome indica, têm a forma de um copo.

A minha questão é: porque é que há uma página no facebook dedicada a isto e porque é que eu já tenho amigas que colocaram Like ? Eu estava perfeitamente ok na minha sexta-feira sem ter de saber o que é que cada uma das minhas amigas prefere neste campo mas pronto...

Gomas, gomas e gomas

No Pingo Doce há uns pacotes de gomas açucaradas (aquelas enjoativas !) que são E-N-O-R-M-E-S ! Pois, trouxe um para a minha tarde aqui no escritório e já mandei abaixo metade. Bonito.

Chapéus de praia

 

Eu ando há séculos a dizer que preciso e quero um chapéu de praia !

Já não aguento mais !

Seis

Não dava eu mês e meio por isto, mês e meio ! Vai em seis.

Meo Arena

A minha mãe ontem ìa tendo um ataque quando percebeu que eu não sabia que o Pavilhão Atlântico tinha mudado de nome. Pois...

A hipocrisia e o sexo

Há coisas que me fazem confusão e uma delas é a hipocrisia que existe relativamente a tabus sexuais. Eu explico: enerva-me que as pessoas se façam de pudicas. Enerva-me, é contra-natura, contra aquilo em que eu acredito. 
Então e porque é que eu, uma simples mortal está a escrever sobre isto às 5 e meia da tarde numa quarta-feira? Porque há um programa na rádio que me dá gosto ouvir que é A hora do sexo na Antena 3 e no programa de hoje falou-se dum caso dum rapaz que ficou muito escandalizado e que teve "nojo" (palavras do dito cujo) da companheira quando soube que ela já tinha tido relações com mais que um homem ao mesmo tempo. Ora eu acho que isto dele sentir "nojo" ao saber isto uma coisa linda meus amores. Quando puderem, metam um homem à minha frente que se recuse e que tenha nojo só de se imaginar a fazer sexo com duas mulheres: lol.
Cada um com as suas opções mas não vamos ser hipócritas quanto meio mundo e mais metdae sabe o quanto os homens se pelam por isso. 

Pronto, por hoje é isto.

Cá vou andando com os meu "Maias" e só após mais de 350 páginas de muita letra é que o Carlitos finalmente trocou dois dedos de conversa com a Maria Eduarda. Taditos.

Da condução

No fim de semana passado fui com o meu pai à terra do meu avô paterno para poder trazer a carrinha do meu pai enquanto o meu pai trazia um outro carro. Ora bem, ficou provado que estou apta para conduzir depois do acidente de Novembro passado de 2012, que continuo a amar conduzir e que apesar do respeito ser outro não fiquei com o trauma nem pânico de conduzir. Felizmente.

A felicidade quer-se baixinha: ninguém inveja, ninguém quer roubar !

Eu agora falo de futebol

Desde há umas semanas para cá que eu e as minhas amigas temos várias private jokes acerca do futebol, do Benfica principalmente. Não para gozar com o clube em particualr mas por todas estarmos com alguém que sofre com o clube. Na semana passada dei por mim a falar sobre futebol durante 15 minutos numa chamada telefónica com uma amiga, portanto parece-me que tenho o direito de fazer um post acerca da indignação dos benfiquistas.
Sou do Sporting e sou do Sporting sempre: nunca estive tão presente na página de apoio ao clube no facebook como nas ultimas semanas and guess what ? Não ganhámos nada este ano mas eu aqui estou, orgulhosa por ser Sporting.
Também admito que odeio o Benfica e sabem porquê ? Porque odeio que o clube na sua maioria não seja humilde (chega-se ao ridiculo - ridiculo é pouco- de se lançar fogo de artíficio no jogo Porto-Benfica: antes do segundo golo do Porto, pois claro). Vejo o Porto com muito mais mérito para se armar em pavão e no entanto os benfiquistas ultrapassam-no neste facto com uma distância brutal.
O que se passa hoje é o seguinte: respeito quem não é Benfica e que hoje tenha torcido por ele, mas também respeito quem, tal como eu, não o fez. Não exteriorizei festejos nos golos do Chelsea mas não torci pelo Benfica. A pergunta é: porque é que vejo tantos benfiquistas indignados com as pessoas que, tal como eu, hoje não foram Benfica ? Ah ! Já sei ! Porque hoje era Portugal ? Ah estou a ver... Então mas estou confusa. Quando se discute futebol porque é que se chamam à conversa títulos europeus? Então mas é Portugal ou clubes em particular ? É que não vejo um benfiquista que não abra a boca para dizer "ao menos chegámos aqui...", mas, por essa lógica, não chegámos todos ? Ah pronto ! Era só para saber !

Ai que estou a morrer

Todas nós já presenciámos isto, todas. 
Qual é o homem que com uma mísera dor de cabeça não diz que está a morrer e age como tal...? 

Mariquinhas pé de salsa. Todos.

Os comentadores de futebol da SIC

Se há coisas feias uma delas é os comentadores de futebol da SIC não mostrarem um pingo de imparcialidade. E isto não acontece apenas quando o Benfica joga com estrangeiros. Quer jogue com o Real Madrid ou com o Belenenses, a SIC não tem um um pouco que seja de tento na lingua. Parece-me mal.

Os meus melhores amigos

Meninos digam olá ao mundo !
Aqui estão os meus novos melhores amigos no ginásio (ainda só travámos conhecimentoontem): pesos para os tornozelos para que eu possa trabalhar glúteos ! 

Estou quase a tornar este blog num blog de ginásio. Quase.